© Mushu 2005
Passo a passo
4.7.05
Saí da gruta. Achei que não era aquele o caminho.
Continuei...... andei, andei, andei....... e continuei a andar......
Mesmo com uma pele de metal não serei um robot.
Sede, muita sede. E fome...
Continuei...... andei, andei, andei....... e continuei a andar......
Mesmo com uma pele de metal não serei um robot.
Sede, muita sede. E fome...
© Mushu 2005
Falhei
27.6.05
Tentei pensar noutra coisa. Tentei levar o meu pensamento até ao infinito, mas mesmo assim não consegui arranjar coragem para fazer amizade com as aranhas. Quase lhes consegui tocar, mas ao mais pequeno movimento um arrepio gelado subia-me pelas costas acima, quais aranhas a treparem pela minha pele, agora metálica.
- Olá! - disse eu - está alguém aí? Não consigo... não consigo mesmo.
Não obtive resposta, apenas o eco repetia cada palavra.
Seria melhor prosseguir. Mas talvez não tivesse entrado naquela gruta em vão.
Deixando as aranhas para trás, pensei que talvez fosse melhor explorar aquela gruta. Não tinha nenhuma lanterna, mas mesmo assim segui em frente.
Fui o mais longe que podia. Agora estava mesmo escuro, tinha que voltar para trás. Tinha que procurar uma lanterna para tentar ver se mais à frente estava alguma pista sobre o meu livro.
No momento em que me preparava para voltar reparei que na parede estava escrito em letras quase invisíveis: Restricted movement. Enter
© Mushu 2005
Medos
20.6.05
Fez-se silêncio. Muito silêncio.
E agora, que fazer? Como sair dali? Sentei-me. Olhei para cima. Fechei os olhos. Quando os voltei a abrir já não estava dentro do poço, estava sentada ao lado do poço que estava novamente tapado como se nunca tivesse sido aberto. Já nada me espantava.
Levantei-me e prossegui. Já quase não sabia porque estava ali nem o que procurava.
Caminhei durante uma hora até chegar a uma floresta. Estavam à minha espera. Uma seta indicava o caminho que deveria seguir. A criatura alaranjada não proferiu nem uma palavra quando lhe perguntei se sabia do meu livro. Limitou-se a indicar-me o caminho com os olhos.
Segui na direcção que a seta indicava. Seria seguro? Não importava.
Depois de andar cerca de 10 minutos pelo meio das árvores cheguei a uma gruta. Na entrada estava uma placa que dizia: "Mushu, tens que enfrentar os teus medos, se queres encontrar o teu livro. Entra... e ensina-as a andar".
Ensinar a andar? Quem? Porquê eu? Entrei.
Percebi imediatamente o que se pretendia, enfrentar os meu medos... agora tinha que fazer amizade com o que mais me arrepiava.... ARANHAS!
Se não o fizesse que me aconteceria?
O fundo
13.6.05
Depois de ter dado asas à imaginação, decidi ver o que haveria no interior do poço. Uma escada estendia-se até onde a minha vista não conseguia alcançar. Respirei fundo e decidi descer. Onde iriam acabar as escadas?
À medida que descia pensava que só me faltava chegar ao fundo e encontrar um coelho a dizer que estava atrasado.
De repente não havia mais degraus Comecei a cair. Não caí, flutuei até ao fundo, como se tudo estivesse pensado ao pormenor, como se alguém já estivesse à minha espera.
Não havia nenhum coelho no fundo. Só uma voz metálica que parecia querer transmitir uma mensagem
© Mushu 2005
A minha imaginação
6.6.05
Os cozinheiros já não estavam lá. Mas também já nem sabia se o que tinha encontrado antes eram mesmo cozinheiros ou se fui eu que os imaginei, ou até se teriam sido os alienígenas que ali estavam agora que me tentaram iludir.
Tudo neste lugar parecia saído da imaginação de alguém que se estava a divertir às minhas custas. Seria mesmo? Ou seria um sonho?
Voltei a fechar a porta, deixando aquele espectáculo para trás... Continuei.
Ao longe, no meio das árvores, via-se um poço, ou algo parecido. Estava calor, muito calor. Caminhei lentamente, já nada me apressava, tinha todo o tempo do mundo.
Cheguei.
O poço tinha uma tampa prateada, no meio uma fechadura e ao lado estava escrito, a letras vermelhas: Poço da Imaginação. Tentei abrir e não consegui, precisava da chave.
De repente uma voz rompeu o silêncio: "Mushu! Três passos te separam da imaginação."
Quem teria falado? Não se via ninguém.
Recuei três passos e a chave apareceu à minha frente. Nem questionei como tinha ido ali parar. Peguei nela, destranquei a tampa e abri-a.
© Mushu 2005
Afinal...
31.5.05
Não era o meu livro.
Depois de um sono reparador decidi prosseguir. Desci a escada, a porta da rua abriu-se para mim como por magia. Lá fora o sol brilhava mas não se ouvia o menor ruído. Avancei, novamente sem rumo.
À medida que caminhava não conseguia deixar de pensar como tinha vindo parar a este mundo fantástico, tão longe de casa. Decidi que seria melhor continuar a pensar que era apenas um sonho.
Afinal tudo é feito de sonhos, "o sonho comanda a vida, e sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança". Talvez fosse melhor assim.
Não se via ninguém na rua. Voltei para trás, segui até ao restaurante onde tinha estado, não porque tivesse fome, mas porque me lembrei que não tinha feito nenhuma pergunta aos cozinheiros.
Abri a porta.
Depois de um sono reparador decidi prosseguir. Desci a escada, a porta da rua abriu-se para mim como por magia. Lá fora o sol brilhava mas não se ouvia o menor ruído. Avancei, novamente sem rumo.
À medida que caminhava não conseguia deixar de pensar como tinha vindo parar a este mundo fantástico, tão longe de casa. Decidi que seria melhor continuar a pensar que era apenas um sonho.
Afinal tudo é feito de sonhos, "o sonho comanda a vida, e sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança". Talvez fosse melhor assim.
Não se via ninguém na rua. Voltei para trás, segui até ao restaurante onde tinha estado, não porque tivesse fome, mas porque me lembrei que não tinha feito nenhuma pergunta aos cozinheiros.
Abri a porta.
© Mushu 2005
Um livro
12.5.05
Anoitecia.
Cansada de tanto procurar, de tanto caminhar procurei abrigo. Ao longe vislumbrei uma casa, talvez uma mansão. Bati à porta. Ninguém respondeu.
Como não estava trancada, abri-a e entrei. Deparei-me com uma escadaria imensa, que parecia não ter fim. Subi. Não havia mais portas. Apenas um sofá e ao lado um livro.
Na capa: "O livro do teu avô".
Sentei-me. Abri o livro. Adormeci.
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O sobrevivente
10.5.05
Terminada a missão de quase salvamento, trouxe comigo o último sobrevivente, por imposição dos restantes membros da equipa do helicóptero que ficaram hospitalizados depois de destruída a última aeronave.
Esta será uma das vantagens da minha transformação, além de um joelho amolgado, não sofri grandes danos.
Tenho que alimentar o sobrevivente, que insiste em dizer que é primo deste rapaz. Não tenho tempo, tenho que continuar a busca. A interpol já começou a ajudar.
Por favor tratem bem dele.Cuidado com a alimentação, podem matá-lo.
CLICK
© Mushu 2005
Salvamentos
9.5.05
Ao longe vislumbrava-se o oceano. Já conseguia imaginar os meus pés a sentir a areia morna. Apressei o passo. Saudades do mar.
O vento tinha desaparecido como por magia e o calor queimava-me o corpo de tal forma que chegava a doer. Procurei uma sombra, não encontrei.
Apressei o passo, pois o metal que me cobria o corpo filtrava o sol de tal forma que o tornava insuportável. Queria refrescar-me. Não aguentava mais.
Ao chegar à praia reparei que também os meus pés já estavam cobertos de metal, o processo estava completo.
Agora tinha mesmo que encontrar o livro ou nunca mais iria saber qual a sensação de sentir a areia da praia a afagar-me a pele.
De repente, alguém, que nem sequer me deu tempo de falar, agarrou-me pelo braço, levou-me para um helicóptero e disse:
- Mushu, só tu nos podes ajudar! Há vidas para salvar. - quem seria? Como saberia o meu nome?
Entrei, podia ser que assim chegasse ao fim da minha busca.
© Mushu 2005
Reencontro
8.5.05
Virei costas ao esqueleto para continuar a minha caminhada. Mas uma voz do além sussurrou-me ao ouvido: "Mushu.... vê lá se não será o esqueleto que tem o teu parafuso!..."
Voltei atrás, procurei, perguntei. mas não obtive resposta, apenas um chocalhar de ossos. Voltei a desistir e segui caminho.
Porém, ao virar a esquina, lá estava ele, o meu parafuso. Tinha-se apaixonado por uma chave de fendas. Deixou-me com um problema, deixo-o viver a paixão, ou pego nele e trago-o comigo?
Espero que as vozes do além me respondam.
© Mushu 2005
A quase ajuda
7.5.05
Depois de sair daquele restaurante, onde afinal não consegui comer, continuei a caminhada.
Ao longe parecia que alguém se estava a dirigir a mim. "Saberá ele do meu livro? Trará alguma pista?" - pensei.
Aproximei-me a medo.
Afinal era apenas uma vítima do restaurante de onde eu tinha acabado de sair. Na tentativa de o ajudar pendurei-lhe uns fios, tal fantoche, para ver se o ajudava a caminhar. Afinal eu precisava de companhia. Puxei os fios... mas só consegui uns movimentos descoordenados.
Desisti.
link
Ao longe parecia que alguém se estava a dirigir a mim. "Saberá ele do meu livro? Trará alguma pista?" - pensei.
Aproximei-me a medo.
Afinal era apenas uma vítima do restaurante de onde eu tinha acabado de sair. Na tentativa de o ajudar pendurei-lhe uns fios, tal fantoche, para ver se o ajudava a caminhar. Afinal eu precisava de companhia. Puxei os fios... mas só consegui uns movimentos descoordenados.
Desisti.
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