Ao longe vislumbrava-se o oceano. Já conseguia imaginar os meus pés a sentir a areia morna. Apressei o passo. Saudades do mar.
O vento tinha desaparecido como por magia e o calor queimava-me o corpo de tal forma que chegava a doer. Procurei uma sombra, não encontrei.
Apressei o passo, pois o metal que me cobria o corpo filtrava o sol de tal forma que o tornava insuportável. Queria refrescar-me. Não aguentava mais.
Ao chegar à praia reparei que também os meus pés já estavam cobertos de metal, o processo estava completo.
Agora tinha mesmo que encontrar o livro ou nunca mais iria saber qual a sensação de sentir a areia da praia a afagar-me a pele.
De repente, alguém, que nem sequer me deu tempo de falar, agarrou-me pelo braço, levou-me para um helicóptero e disse:
- Mushu, só tu nos podes ajudar! Há vidas para salvar. - quem seria? Como saberia o meu nome?
Entrei, podia ser que assim chegasse ao fim da minha busca.
© Mushu 2005
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